Geraldo Carneiro, poeta
Nosso time, com o perdão do trocadilho, é um “ciclotime”: ou se acha o máximo ou um horror. Do céu ao inferno, sem escala no Purgatório. Em extremo, leva o torcedor à loucura, para o bem e para o mal. Temos que baixar a bola de nossa euforia, senão a vaca vai pro brejo, e nós, pro beleléu.
O Brasil dominou a Costa Rica, o que não é grande façanha política. Tomara que dominemos também a Sérvia, cujo buraco é mais em cima. Depois disso será o apocalipse. Do fracasso ou do êxito. O que os deuses do futebol tiverem escrito para nós.
Marcius Melhem, humorista
A vitória veio suada, difícil, no fim. Aí Neymar chorou. Nada contra Neymar chorar, direito dele. Há momentos que não controlamos as emoções e elas vêm. Mas se não controlamos nem nossas emoções, é aprendizado não tentar controlar as emoções dos outros. Todos sentem verdadeiramente, espontaneamente — não só o Neymar. E como alguém que está exercendo seu ofício diante dos olhos dos outros, ele deveria aprender que as pessoas reagem ao que provocamos nelas. O aplauso e a vaia são do jogo. Se a plateia não gosta de uma cena ou programa que faço, não me cabe dizer que ela não “sabe o que passei pra chegar até ali”. Até porque não sabemos também o quanto eles precisam se divertir conosco, pela vida dura que levam. Quem tá na ação, tem que aceitar a reação. Bola pra frente, Neymar.
Marcos Palmeira, ator
Foi uma vitória importante para diminuir a pressão. O time vem jogando bem, mas nitidamente pressionado pelos resultados da última Copa! Acredito nessa seleção! São os únicos que podem nos trazer alguma alegria nesse momento de abandono que o Brasil vem vivendo!