A história do bem e do mal
Nos intervalos de “A regra do jogo” entra a bela voz de Alcione cantando “Juízo final”: “É o juízo final/A história do bem e do mal.” O autor desta joia é Nelson Cavaquinho (com Élcio Soares), cuja morte aconteceu há exatos 30 anos.
É também dele (com Guilherme de Brito) o samba em que diz preferir receber “flores em vida” a homenagens depois de morto.
Alô, Eduardo Paes!
O escritor Flávio Moreira da Costa, biógrafo do grande mangueirense, faz um pedido ao prefeito Paes:
— A cidade precisa homenagear o grande sambista. Por mim, seria uma Avenida Nelson Cavaquinho. Enquanto isso não acontece, continuam ruas com nomes de políticos insignificantes, além dos ligados à ditadura.
Em tempo...:
No blog da coluna, ouça “Juízo final”, “Quando eu me chamar saudade” e, principalmente, “A flor e o espinho”.
‘Estão esperando morrer’...
Aliás, Cavaquinho não é o único a pedir o reconhecimento em vida. Mestre Aldir Blanc, também. No caso, não para ele, mas para Hermínio Bello de Carvalho, “sempre subestimado”, criador, com Albino Pinheiro (1934-1999), do Projeto Seis e Meia: “Estão esperando ele morrer para a merecida consagração.”
O desabafo do genial compositor está na apresentação de “Segunda-feira, a história do Samba do Trabalhador”, livro do nosso Daniel Brunet.