O primeiro amigo
Libertado na sexta pelo juiz Sérgio Moro, por problemas de saúde, José Carlos Bumlai, 71 anos — que virou, para alguns, o PC de Lula ou, no quesito fidelidade, uma espécie de Gregório Fortunato do petista —, quase virou assessor do ex-presidente no programa Fome Zero.
Ele (visto aqui numa festa caipira na Granja do Torto) foi cogitado para o lugar de Oded Grajew, em 2003, quando o empresário deixou o governo. Devoto de Santo Antônio, do tipo de ir à missa todos os dias, Bumlai tinha um pequeno altar na entrada de sua casa, em Mato Grosso do Sul, onde rezava antes de entrar.
De gado a cana...
Bumlai, segundo o ventilador de Delcídio do Amaral, tinha a função de “resolver os problemas da família de Lula”. Diga-se a favor dele que já era rico antes de conhecer o então candidato petista, em 2002. Sua criação de gado nelore era elogiada, em publicações técnicas, por grandes neloristas, como Jorge Picciani e Jonas Barcellos.
Só se deu mal quando trocou o gado pelo etanol — tinha planos de plantar cana na África e exportar para Suécia o “combustível do século XXI”.