O historiador inglês Kenneth Maxwell (foto), 75 anos, lembrou, ontem, que delação premiada, tão em voga hoje por causa da Lava-Jato, não é novidade na história brasileira. Ele cita o caso da traição, durante a Inconfidência Mineira, de Basílio de Brito Malheiro do Lago (embora, em matéria de traição, todos só falem de Joaquim Silvério dos Reis).
Ele era tenente-coronel na capitania das Minas Gerais e sua delação fora realizada em troca do perdão de seus crimes e dívidas com a Coroa.
Aliás...
Kenneth Maxwell, autor de “A devassa da devassa”, sobre a Inconfidência Mineira, disse ter achado meio esquisito ouvir toda hora a palavra renovação em torno do governo Temer, que, para ele, é “um governo formado por políticos antigos, com 70 anos de idade”.
Foi muito aplaudido e com direito a uns poucos “Fora, Temer” vindos da plateia.
Picante demais
A Record esbarrou numa questão, digamos, inusitada na divulgação do livro “A garota do calendário”, série erótica que virou best-seller nos EUA. É que a Infraero não aprovou as propagandas da obra nas TVs do aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
A capa do livro foi considerada picante. Sendo assim, a propaganda está indo ao ar sem exibir a capa.
Saudosismo em alta
Veja o cartão-postal que a escritora Ana Cristina César (1952-1983), umas das homenageadas da Flip este ano, enviou à amiga Heloísa Buarque de Hollanda, professora da UFRJ, em 1979. Um trechinho diz : “Sonhei que você era minha mãe.”
Na época, Ana C. estudava na Europa, e a amizade surgira anos antes, quando Heloísa a orientou num mestrado, na ECO, da UFRJ.
O cartão faz parte do acervo pessoal de Heloísa e foi digitalizado — junto com outros —, pela Coppe , e a imagem colocada no site grva.lamce. coppe.ufrj.br/flip. Além disso, um código QR com a reprodução do cartão está em marcadores de livro que estão sendo distribuídos na feira. Ou seja: de qualquer smartphone é possível ler a mensagem da poetisa. Viva!