Rio deu um tiro no pé
Foi numa sexta-feira, 17 de junho. Nesse dia, o governador interino do Rio, Francisco Dornelles, decretou “estado de calamidade pública”.
Assim que a notícia se espalhou no mundo (onde “calamidade” é, como por aqui, sinônimo de catástrofe, como guerra, terremoto ou flagelo), houve pedidos de devolução de 50 mil ingressos da Rio-2016 — o que está previsto no sistema oficial de compra.
Não era bem assim...
Dornelles justificou depois ter usado uma filigrana jurídica para receber aquela grana de R$ 2,9 bilhões de Brasília. Ah, bom!
Outro gol contra...
Dez dias depois da trapalhada do Estado, os policiais civis do Rio deram uma importante contribuição para melar a festa dos Jogos com aquele cartaz no Galeão (quando a notícia é ruim, a coluna prefere não chamar o aeroporto de Tom Jobim) de “Welcome to hell” (Bem-vindo ao inferno), na foto.
Pode-se afirmar que...
Os dois fatos causaram prejuízos amazônicos à imagem do Brasil.