Pixinguinha de volta a Ramos
Até o fim do mês que vem, Pixinguinha (1897-1973) estará de volta à esquina que lhe serviu de ponto de partida para a História: a das ruas João Silva e Custódio Nunes, em Ramos. É lá que fica o Bar da Portuguesa — há 48 anos sob a batuta de dona Dondon —, frequentado por Pizindim no tempo em que ainda se chamava Bar São Jorge. Era onde o gênio da nossa música, cuja flauta era o brilho maior entre as estrelas da época, encontrava amigos, passava horas e até compunha. É que o autor de “Carinhoso” viveu por anos e anos numa casa a metros dali. Por isso, Eduardo Paes a escolheu para receber a estátua. Agora, Ique, 53 anos, autor da peça, dá os últimos retoques na obra em seu ateliê, no Città América, na Barra. Aliás, um trecho do filme “Saravah”, de 1969, do francês Pierre Barouh, leva o espectador para dentro do antigo boteco de Ramos, numa tarde em que o mestre do som de prata e Baden Powell (1937-200) conversam, bebem... vivem. Viva Pixinguinha!