Lula, óbvio, foi infeliz quando passou a ideia de que prefere o político profissional ao pessoal concursado — certamente se referindo aos procuradores do MP. Na verdade, as duas categorias de funcionários públicos são nobres, quando exercidas com dignidade. O concurso público é uma conquista da civilização, que chegou ao Brasil só depois da Revolução de 1930. O que impressiona é que, nessas horas, surge cientista político e jornalista ligado ao PT que, em vez de lembrar que esse tipo de tropeço é humano para uma pessoa como Lula, que falou sob forte emoção, faz ginástica intelectual para endossar a tese. A política, assim como o futebol e a religião, tem esse fascinante poder de fazer o ser humano adaptar suas ideias à ocasião. Calma, gente!
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