O gaúcho José Mariano Beltrame, 59 anos, merece a eterna gratidão dos fluminenses e boas férias ao lado da mulher, Rita, e dos filhos, Francisco, Mariana e Maurício, depois de quase dez anos como xerife do Rio. Ele, com o apoio de Cabral e Pezão, afastou a interferência política das polícias — o que parece óbvio, hoje, mas não era assim antes dele. E mais: indicou o rumo certo, ao ocupar permanentemente comunidades, abrindo caminho para que o Estado seja o único provedor de segurança, Justiça e serviços públicos. É que, assim como a civilização não aceita que o Estado Islâmico ou mesmo as Farc tenham áreas sob seu domínio, também não é aceitável que o tráfico ou a milícia imponham sua lei sobre as da nação. O faroeste, segunda, no Pavão-Pavãozinho e no Cantagalo mostra que a UPP não é uma panaceia. Mas não há outro caminho. É preciso lembrar que o inimigo é poderoso e, por vezes, vence. É difícil encontrar um só brasileiro que more numa das 5.564 cidades do país e se sinta realmente seguro. Essa é uma das nossas tragédias nacionais. Agora, a luta continua.
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