Queridos como Zeca Pagodinho, Juliana Paes, Deborah Secco, Susana Vieira, Giovana Antonelli, Ronaldo Fenômeno, Neymar e Ronaldinho Gaúcho talvez se lembrem dele, pelo menos vagamente, da época em que globais e jogadores frequentavam o antigo Porcão da Barra. Estamos falando do paraibano Fidinaldo de Macedo, 31 anos, conhecido como Naldinho, que aos 18 anos começou a trabalhar como garçom na famosa rede de churrascaria.
Nosso herói vivia para o trabalho: entrava no Porcão diariamente, às 11h, e ficava até meia-noite, com direito a intervalo à tarde para descanso. Mas não se incomodava. Foi dali que tirou seu sustento para ajudar os pais e os oito irmãos deixados na Paraíba, para fazer seu casamento e sustentar sua filha. Comprou até um apartamentinho na Taquara com o dinheiro que ganhava por mês, que, segundo ele, chegava a R$ 5 mil.
O pesadelo começou em 2010, quando a rede foi comprada pela Brasil Foodservice Group (entre seus sócios, Raphael Vargas e José Ricardo Tostes), e depois, com a chegada do grupo Brazal (presidido por Lucas Zanchetta).
Ano passado, o Porcão tombou sem vida, deixando Naldinho e centenas de garçons, a maioria gaúchos e nordestinos, na miséria e atolados em dívidas, já que não foram honrados os direitos trabalhistas, inclusive o FGTS, desta brava gente brasileira: “Tive, na época, que tomar remédio contra depressão”, conta nosso herói, que foi à luta e conseguiu um emprego com salário menor.
Vida que segue!