2016 tomou ‘bomba’ na escola
Pela décima quinta vez, a coluna convidou um grupo eclético de “professores” para dar, numa escala de O a 10, uma nota a 2016, o ano caipora. Veja:
Armínio Fraga, economista
Ano sofrido, temo que 2016 não acabe hoje. Nota 5.
Cármen Lúcia, presidente do STF
Pensei sobre o Brasil, esse trepidante ano de 2016 e, principalmente, sobre o cidadão brasileiro tão sofrido. Fixei-me na nota 7 pela brava gente brasileira, que a cada dificuldade começa a dar o seu brado retumbante, mas que continua, apesar dos pesares. Um país que tem um povo como o nosso não tem como desanimar. Nem nós...
Celso Athayde, fundador da Cufa
Deveria ser nota 10. Mas vou dar nota 6. É que, apesar de todos os desmandos, crises de ética, moral e anomalias sociais, além da corrupção no limite inacreditável, o Brasil continua em pé. Para os partidos, a nota seria menos 10.
DomÍcio Proença Filho, presidente da ABL
Nota 6. Com insistente desejo de recuperação.
Edmar Bacha, economista
Nota 6. Livramo-nos do mal maior, mas vamos ter de conviver numa pinguela só Deus sabe até quando.
Geraldinho Carneiro, escritor
Nota 0 para 99% da classe política. Na esperança de que reste 1%. Nota 8 para a paciência do Brasil, capaz de suportar tanta incompetência e corrupção. A média: 4. Não dá pra passar de ano. Levamos bomba.Tomara que em 2017 apareça alguma luz.
Luis Fernando Verissimo, escritor
Nota 10 (ironia, claro).
Milton Gonçalves, ator
Nota 7. A sorte do Brasil é que ainda há aqui meia dúzia de pessoas honestas, que estão preocupadas com o povo e não só ganhar dinheiro. O país ainda existe porque acredita em meia dúzia de heróis.
NatHalia Timberg, atriz
Nota 5. Zero para o passado e cinco por alguma esperança.
Neville D’Almeida, cineasta
Nota 2. Porque continuamos atolados na lama de Mariana — após um ano, ninguém foi preso; encharcados do dinheiro lavado dos políticos e cobertos de joias pagas com o desvio de verbas públicas.
Renato Lessa, sociólogo
Nota 3, pela vergonha a que temos exposto nossos jovens estudantes, nos testes internacionais de desempenho, tipo PISA, e pelo tratamento degradante e injustificável dado aos professores do ensino básico em todo o país.
Wanderley Guilherme dos Santos, cientista político
Minha nota para 2016 é 0,5. Muito barulho e, pior do que ser por nada, andamos para trás em praticamente todas as dimensões. Além do desarranjo democrático, sem esparadrapo que esconda, alguns membros do STF adquiriram o hábito de transgredir a devida compostura. Não acredito que as eleições de 2018 transcorram como previstas, e isto será uma das consequências funestas de 2016. Por fim, não recebi a fortuna que a coluna anunciou que receberia da Cândido Mendes.
Feliz 2019.