Socorrer o Rio Doce, afetado pela tragédia das barragens em Mariana (MG), é uma necessidade antiga. O canal Curta! exibe, domingo, às 16h30m, o documentário “Watu – Um rio chamado Doce”, do jornalista Edilson Martins, ainda inédito em televisão brasileira.
A obra lembra que há 20 anos, os então governadores de Minas Gerais, Eduardo Azeredo, e do Espírito Santo, Vitor Buaiz, anunciaram um plano interestadual, com financiamento francês de US$ 2 bilhões, em sua primeira fase, para a recuperação do já então muito degradado Rio Doce. Mas... não resolveu.
O filme mostra todo o histórico de degradação do Rio Doce, desde o extermínio das nações indígenas ribeirinhas, Krenac, Botocudo e Maxacali, que chamavam o rio de Watu, à poluição no ciclo do ouro e pelas minerações posteriores.
- O Doce, como tantos outros da região Sudeste, já estava na UTI há décadas, até porque em seu vale se concentra o maior número de indústrias de minério do país, e uma população de 4 milhões de pessoas o transformando em latrina - conta Martins.