Responsável pela reforma da antiga sede da Casa da Moeda, inaugurada no século XIX por D. Pedro II, no Rio, o arquiteto Alfredo Britto, que morreu semana passada, aos 79 anos, contava que uma das suas maiores emoções foi quando, nas escavações, se deparou com a “cápsula do tempo” do prédio. Ela, que segue intocável, certamente contém jornais e objetos do dia em que o Imperador lançou a obra.
A cápsula é, como se sabe, uma caixa-forte preparada para guardar objetos ou informações para gerações futuras. Hoje, até a Nasa manda esse tipo de cápsula para o espaço para que, quem sabe, gerações extraterrestres saibam no futuro como era a vida na Terra.
Por falar nisso...
Tem gente sugerindo que é tempo de abrir algumas cápsulas, como o professor e etimologista Deonísio da Silva, sobre uma das mais antigas de que se tem história. Ela fica sob esta estátua de José de Alencar (1829-1877), no Flamengo.
— Lá, estão as primeiras páginas de jornais brasileiros do dia 13/12/1891, quando do lançamento da pedra fundamental do monumento, e manuscritos de célebres escritores do período. Não é tempo de verificar este legado?
Cartas para a redação.