Em “No fio da navalha”, biografia de José Júnior escrita pelo coleguinha Luis Erlanger, a ser lançada amanhã, o prefácio de Zuenir Ventura descreve bem os riscos da ação social nas favelas.
O mestre conta que, em 1993, foi a Vigário Geral para assistir a um show, o primeiro após a chacina de PMs contra 21 moradores inocentes.
— O único distúrbio do espetáculo foi promovido pela polícia, que apressou a saída do pessoal dando tiros para o alto.
Na época, Zuenir escreveu:
— Não é fácil fazer o bem na favela. É como andar sobre um fio de navalha, tendo de um lado a violência do tráfico e, do outro, a da polícia.
De lá para cá...
Você sabe.