A “maldição do petróleo” foi bem traduzida na frase de Celso Furtado (1920-2004) sobre a Venezuela, em 1957: “Nada é mais perigoso para um país pobre que uma chuva de dinheiro.” Pezão e alguns prefeitos não são as únicas vítimas desta feitiçaria. Lula também. Desde que assumiu, em 2003, procurou satanizar o passado da Petrobras — fruto de uma bela história de luta política e gerida, quase sempre, por técnicos competentes e honrados. O surgimento da indústria de máquinas aqui deve-se muito à construção das refinarias da estatal. Com a ajuda do baiano — terra de grandes marqueteiros — Gabrielli (foto acima), o PT usou a Petrobras como arma eleitoral. Hoje, a Petrobras é a petrolífera que mais deve no mundo, cerca de R$ 500 bilhões, e palco do maior escândalo de corrupção conhecido desde os primeiros usos do petróleo, em 4.000 a.C. É pena.
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