Discotecas: ‘Go home’
Em 1979, no auge da moda das discotecas, com direito à novela de sucesso, a “Dancin’ Days”, o sambista João Nogueira (1941-2000) fundou, em sua própria casa, o Clube do Samba, “um movimento de resistência ao estrangeirismo na música brasileira”.
Hoje, veja só, a Antarctica, por conta dos cem anos do samba, alugou uma casa no Centro do Rio e, durante quatro finais de semana, promoverá uma nova versão do Clube. Terá feijoada, oficinas de sambas e debates com a presença de cofundadores, como Martinho da Vila e Beth Carvalho, além do herdeiro de João, Diogo Nogueira.
Um pingo de História...
O “Fantástico” (veja no blog da coluna) fez, na época, matéria de oito minutos sobre a inauguração do Clube do Samba, em 1979. O repórter perguntou a Beth Carvalho se ela aceitaria US$ 100 mil para gravar uma música como as que tocavam em discoteca: “A arte não tem preço”, respondeu a cantora, com sonoro não.
Também Sérgio Cabral, pai, um dos fundadores, disse que historicamente o samba é o maior inimigo da música estrangeira. Aliás, o Clube, no ano de sua fundação, fez um baile para receber os anistiados da ditadura. Viva o samba!
Veja a matéria do "Fantástico":