“Nega-se a Lula um habeas corpus e, dias depois, nova jurisprudência livra da prisão condenados após o julgado na segunda instância. Está por um voto. É quando uma Rosa pode ser duas Rosas. Desmente-se o verso da poeta Gertrude Stein, ‘uma rosa, é uma rosa...’. A ministra Rosa Weber negou o habeas corpus preventivo ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e virou o placar para 6 a 5. Mas decidiu em obediência à jurisprudência, que, desde 2016, permite a prisão após o fim do processo no segundo grau. Reservou seu entendimento sobre essa tese para quando for examinada como tema geral. Uma maioria deixa Lula ser preso. Outra maioria pode mudar a interpretação da Constituição e proibir prisões como a dele. Essa contrariedade entre as decisões não é democrática, nem justa. Rosa Weber pode estar nas duas maiorias que se opõem. Melhor seria não mexer nesse entendimento e deixar que valha para todos”.